quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

Eis chegada a Semana da Leitura...

Ler! A qualquer hora, em qualquer lugar! - eis o lema.
Em qualquer suporte, qualquer tipo de texto! - acrescentamos nós.
Acontece que, em 2018, a semana da leitura celebra-se de 5 a 9 de março.

(Sempre me pareceu que tal é contrário ao lema!
Em lugar de uma Semana, proponho o ano inteiro!)

Na escola Anselmo de Andrade, já começámos esta efeméride, a Ler a meias...
Em VIAGEM pela Geografia, pelo Tempo, pelas estantes da biblioteca, entre palavras e alegria.
O 5º E foi o primeiro!



Para saber mais: ver PNL.



Tertúlia Literária, entre marinheiros...



A 2ª Tertúlia Literária da Universidade Popular Almada teve lugar no Clube de Sargentos da Armada, no Feijó. Receção generosa, de braços abertos.
Assistência amistosa de militares, suas esposas, alguns amigos. Escuta atenta. Participação oportuna e bem-vinda.
Um amigo levou um livro: A menina gotinha de água. Leu um excerto, ideia a acarinhar e multiplicar.
Estas tertúlias têm, na verdade, o objetivo de estabelecer um diálogo informal com os “tertulianos”, recordar/divulgar património oral e obras de autor  (crossover, isto é, passíveis de agradar a um largo espetro de idades): histórias, poemas e outros tipos de texto (do agrado de quem faz a proposta de se Ler a meias...)
Atendendo ao contexto, a mediadora “meteu muita água”!

Começámos em terra firme. Com Fernando Fitas e o seu Alforge de Heranças. Com a sua voz.
Navegámos em A nau Catrineta e presenciámos o reencontro do Capitão-General com a Bela Infanta… (Depois de fundear.)
Assistimos à aventura da busca da ilha desconhecida, do conto de Saramago. Fomos lendo partes; despertou curiosidade; fizemos a leitura integral.
Finalizámos com poesia de Alexandre Honrado (retirada da Web).
Hora e meia de mão dada com a Literatura. Em alegre convívio.


1ª sessão, na SRUP: AQUI.




Bibliografia:
Alice Vieira (Coordenação), Eu bem vi nascer o sol, Antologia da poesia popular portuguesa, Círculo de Leitores
Fernando Fitas, Alforge de heranças, Associação Cultural Manuel da Fonseca
José Saramago, O conto da ilha desconhecida, Caminho

WEBgrafia:
Alexandre Honrado, sem título (Facebook)
Dicionário Priberam da Língua Portuguesa on-line



terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

Poesia, cantos, contos e recontos...


Com um Alforge de Heranças, iniciámos a viagem… De um poema que evoca a sesta de um pai num tosco abrigo, na planície alentejana, partimos para as nossas recordações. Os lisboetas presentes relembraram, sobretudo, banhos de mar na Linha ou na Costa (era obrigatório aproveitar os escudos pagos pela viagem), aprender ou não a nadar, piqueniques na mata com os pesados cozinhados da época…, idas em família ao Jardim Zoológico… E, claro, estabeleceram-se comparações.

Ruy Belo lembrou-nos: crianças e infância coincidem!…
Marina Colasanti maravilhou-nos com contos de fadas dos tempos modernos, explicando a origem da voz do mar escutada numa concha ou fazendo-nos acreditar na magia de um tear (A moça tecelã).
De passagem, questionou-se - e defendeu-se - o Acordo Ortográfico.
A crua atualidade apresentou-se: conflitos na Palestina, dramas na Síria, migrantes no mundo…
Para desanuviar o ambiente, rimos com contos tradicionais, divertidamente recriados por Roald Dahl.
Por fim, uma canção. Em coro, como sempre. Celebrando a amizade.



Bibliografia:
Fernando Fitas, Alforge de heranças, Associação Cultural Manuel da Fonseca
Marina Colasanti, Doze reis e a moça no labirinto do vento, Global
Roald Dahl e Quentin Blake, Histórias em verso para meninos perversos, Teorema
Ruy Belo, Antologia poética, Cidadão de longe e de ninguém, Círculo de Leitores

Na Trafaria, com o 5º B...



Começámos com poemas a conta-gotas.
Conhecemos a avó Maria Trigueira; acompanhámos a sua vida pacata no Alentejo, o seu sonho e a sua aventura… e imaginámos a continuação da história.
Passeámos pelos céus, entre constelações e lendas.
Fomos a São Tomé, conhecer a história Um grão de café.
O 2º tempo (de um bloco de 90m) foi destinado a uma atividade prática.  A partir de livros de poesia da biblioteca escolar, os alunos - e professores - selecionaram versos, ordenados ao acaso, para um verdadeiro cadáver esquisito:

«Gato que brincas na rua
Dia e noite aberta ao mar
Uma joaninha entrou no meu quarto
Chamar à atenção do seu ouvinte
A fada boa pôs-lhe o telhado, o telhado fez lá um sótão com um triângulo
Vénus azul, luz do céu
Agora quase sei porque razão não atacou o Infante em Penacova
Os meus frutos eram negros
Que segreda o vento
É roxa a porta da entrada
A estrela do mar voltou
Lento, lento os dias de Verão
Pela janela o Sol espreitava
Como uma nuvem
Era uma senhora tão bela
Nunca foi tão depressa noite naquele bairro»

Sobrava tempo. Os jovens mais corajosos leram poemas em voz alta. Bisaram. A coragem foi crescendo. Queriam mais! 
A campainha não deixou!!!


Bibliografia:
Ivone Gonçalves, Maria Trigueira, Kalandraka
Olinda Beja, Um grão de café, Edições Esgotadas
Philippe Ug, Big Bang POP, Les grandes personnes
Wil Tirion e Milton Heifetz, Um passeio pelos céus, Gradiva



Na Trafaria, com o 9º A...



Decorreu assim a sessão:
- Um apelo à escuta e à emoção: as histórias são máquinas de passar por dentro
- Há dias maus… Shaun Tan ilustra-o bem, em A árvore vermelha.
- Antero de Quental dissera o mesmo, com algum pessimismo, em O palácio da ventura… (Vimos as diferenças.)
- Histórias com gatos? Sim, conheciam a de Jorge Amado. Menos, a de Luís Sepúlveda. 
Afinal o gato Zorbas existiu mesmo, adoeceu gravemente e a família teve de tomar uma decisão dolorosa que o escritor nos conta em As rosas de Atacama. (A eutanásia esteve em debate.)
- Evocação de Cesária Évora e Tito Paris - para desanuviar.
Poesia – para rematar. Xico Braga deu-nos duas belas receitas poéticas.


O 2º tempo (de um bloco de 90m), foi para os jovens escolherem livros de poesia da biblioteca escolar e selecionarem versos que leram em voz alta e com os quais se criou este cadáver esquisito:

«Manda ao ar uma mensagem
Onde desejas poder flutuar, sonhar
És feliz porque és assim
Coração de mulher que abrange a Natureza
O Mundo deve-me algumas coisas belas
No mel de loucas candeias
Como se lágrima fosse
Tristeza não tem fim, felicidade sim
Bebo à tua glória, meu Deus
E olha ao abandono dos deuses
Em seu luto embiocadas
São pedaços de alma
Na máscara desta tua voz leio o fogo que sente o teu sustento
É através de ti, ó árvore que celebra os esponsais entre mim e a Natureza
É certo que no primeiro dia não avancei muito»


Bibliografia:
Antero de Quental, Sonetos, Sá da Costa
José Fanha e Rui Ricardo, Era uma vez eu, Booksmile
Luís Sepúlveda, As rosas de Atacama, Porto Editora
Shaun Tan, A árvore vermelha, Kalandraka
Xico Braga e Isabel Teixeira de Sousa, Receitas poéticas, Edição de Autor

Comemorando o Dia Internacional da Língua Não Materna


A efeméride celebra-se no dia 21 de fevereiro.
Aconteceu na EB 2.3 da Trafaria, aonde fomos pela 1ª vez.
Dedicar uma sessão aos alunos de “Português, língua não materna” – foi pretexto e objetivo.
Ser convidada telefonicamente por uma colega… e reencontrar uma ex-aluna - foi surpresa!
Ir ler livros dos quatro cantos do mundo e mudar alguns planos… - foi normal!...
A escola da Trafaria é hospitaleira. A biblioteca, ampla e acolhedora.
Soube bem o carinho. E o rebuçado-livro com simpática dedicatória. 
Obrigada a todos.


Em viagem... pela Feliciano Oleiro...



«Com três livrinhos apenas,
Poesia, narrativa e informação,
De palavras soltas e leituras
Se fez magia e reflexão.»

Esta quadra resume tudo. Foi mesmo assim! Ou seja:
- Poesia de Mésseder, encorajando a chuva…
- Uma viagem de autocarro de um neto e de sua avó, solidária e alegre, até aos subúrbios da sua cidade…
- Um outro passeio ao ar livre, para conhecer as borboletas e observar bem o arco-íris.
Duas sessões que passaram num instante. Muito interesse e participação, tanto no 4º A como no 4º B.
Gostámos todos. 
Até à próxima!

Bibliografia:
João Pedro Mésseder e Ana Biscaia, Poemas do conta-gotas, Xerefé
Maria Ana Peixe Dias, Inês Teixeira do Rosário e Bernardo Carvalho, Lá fora, Planeta Tangerina
Matt de la Peña e Christian Robinson, A última paragem, Minotauro/Almedina



terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

No Monte da Caparica, entre mães e filhos...


A professora Ludovina desafiou alunos de 5º ano e seus pais a irem à biblioteca. E, para esta 1ª sessão, convidou o Ler a meias para falar de livros, ler... e dar aos pais dicas sobre leitura…
Conversámos, pois, sobre possíveis formas de apoiar os filhos em Língua Portuguesa, exemplificando com um relato gráfico de férias e um caderninho para cópia de poemas…
Intercalámos leituras e narração de histórias, lendas, páginas de diário, textos informativos. Não faltaram sugestões de recurso à Net para pesquisas.
Utilizámos tradicionais jogos de palavras e de construção de histórias. Estes últimos exerceram um especial fascínio sobre os miúdos e graúdos presentes. 
Criar histórias, que prazer!
No final da sessão, todos requisitaram livros da biblioteca e escolheram livremente títulos (para oferta) que aguardavam pacientemente mãos interessadas, no escaparate do Leva e traz
Um chazinho e bolachinhas, à despedida, não poderiam vir mais a calhar para aquecer a noite gelada que fazia lá fora. E para alegrar ainda mais os sorrisos.
A anfitriã, a professora bibliotecária, estava satisfeita. Nós também.
(Consta que vamos voltar...)

Bibliografia:
José Fanha, Era uma vez eu, Booksmile
Olinda Beja, Um grão de café, Edições Esgotadas
Philippe Ug, Big Bang POP, Les grandes personnes
Wil Tirion e Milton Heifetz, Um passeio pelos céus, Gradiva

Jogos:
Diamino
Storycubes