segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Dia a dia, na cidade...

Regressei hoje aos "Caranguejais" para um reencontro com o 4º ano. E fui recebida em festa, mal entrei ao portão...
A leitura domiciliária decorre animadamente na escola e a Gabriela tinha requisitado um livro que veio mesmo a calhar, para dar lugar à conversa inicial: O que é viver em sociedade? 
A professora Margarida Pinho projetou um curto vídeo comemorativo da Declaração Universal dos Direitos Humanos, contra o racismo e xenofobia, a partir do qual também falámos dos cuidados que um peão deve ter na estrada...
A história do dia foi uma recriação do Capuchinho Vermelho.
Passa-se numa cidade tão perigosa como uma floresta...; tem de se atravessar um Centro Comercial, tão inseguro quanto um bosque...; no caminho, a Sofia cruza-se com meia dúzia de vadios e com um motoqueiro amável (que mais parecem uns chacais e um lobo, disfarçado de cordeiro)...; e, por fim, lá consegue chegar a casa da avó, já de noite. Entretanto, a mãe espera-a à varanda, preocupada. Digo-vos que vai ser necessária a ajuda da polícia... e muita magia... para o final da história.
Como disse o Gabriel, a polícia, nesta história, é como o caçador do Capuchinho Vermelho.
O conto causou dúvidas, receios, consternação..., mas o certo é que gostaram!
Em seguida, poesia: Poemas para um dia feliz, na voz de José Fanha: Todos os dias e Ah! Grande Sol!
Para terminar, que ideias associam estes meninos à palavra... DIA?
DIA é (que bom!):

  • manhã
  • luz
  • sol
  • novidade
  • começo
  • pequeno-almoço
  • escola
  • brincadeira
  • amigos
  • felicidade

Bibliografia:
José Fanha (org.), Poemas para um dia feliz, Gailivro
Oscar Brenifier/frédéric Benaglia, O que é viver em sociedade, Col. Filosofia para Crianças, Dinalivro
Roberto Innocenti/Aaron Frisch, A menina de vermelho, Kalandraka


No blogue da escola...



segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Guerra, amor e humor...

Regressei à Biblioteca Escolar da EB1/JI nº 3 da Cova  da Piedade (que habitualmente se designa por escola dos Caranguejais, por se situar nessa rua), onde fui Ler a meias a uma turma de 3º ano: falar-lhes de paz e de respeito pelo próximo.
Para mostrar o absurdo da guerra, O soldado João, de Luísa Ducla Soares, é um clássico a não esquecer! Um soldado pacifista que, depois de muito unir os dois exércitos inimigos, regressa medalhado à sua aldeia onde a namorada o espera e a sua vida será feliz, como antes...
Nesta escola, o quadro interativo está sempre pronto a usar e a professora bibliotecária, Margarida Pinho, sempre disponível para colaborar. Por isso, os meninos ainda se puderam rir com Raúl Solnado, ouvindo-o contar a história de A guerra de 1908 e manter uma conversa telefónica com O inimigo. :-)
António Torrado também proporcionou, pelo meio, bons momentos de poesia: Vem o vento (a propósito de liberdade) e Rimas.
O 3º ano percebeu que rimas, neste poema, queria dizer "coisas que combinam bem"... E assim criou as suas próprias rimas:
Guerra rima com armas, morte, destruição, coragem, medo...
Paz rima com amor, amizade, campos cultivados, brincadeiras ao ar livre, segurança, felicidade, liberdade...
Quando saíram para o recreio, iam unidos e felizes: em paz.

Queres ouvir Solnado? Aqui o tens: A guerra de 1908

Bibliografia:
António Torrado, À esquina da rima buzina, Caminho
Luísa Ducla Soares, O soldado João, Civilização

A notícia, no blogue da escola, BiblioAlma...



quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Ler a meias...: "Receita para avós felizes..."

Ingredientes:
Histórias,
poesias,
canções,
conversas sérias e vadias...

Preparação:
Pensar no público-alvo,
selecionar livros,
ler, ler e reler, dias e dias...

Confeção:
Cria-se um ambiente familiar,
convertem-se os livros em palavras
que se elevam pelo ar,
seja informação, ficção ou poesia,
talvez também uma pitada de filosofia...
Entremeiam-se emoções como cores do arco-íris.
Entrelaça-se realidade e fantasia:
notícia, poema, narração, canção, biografia...
A palavra tem magia.
Faz nascer sorrisos ou uma lágrima atrevida...
E a despedida rejubila de alegria!

Foi assim tal e qual, hoje, num certo centro de convívio de Serviços Sociais  da Administração Pública, em que estive pela segunda vez, com "gente grande"...
Voltei. 
À despedida, surpreenderam-me com uma velha canção de Maria de Lurdes Resende: 
Avozinha. 
«Avózinha, vá lá só mais uma
Conta que eu não faço oó
Conta aquela da Fada de Espuma
Conta alguma, querida avó (...)»
Cativámo-nos mutuamente.
Foi um prazer! 
Obrigada! E até mais ver...


Bibliografia:
Livrinhos da coleção Formiguinha, da Editorial Infantil Majora
Antoine Saint-Exupéry, O principezinho, Editorial Aster
Benjamin Lacombe, Cuentos silenciosos, Edelvives
Poemas para um dia feliz, org. José Fanha, Gailivro
Ilse Losa, A minha melhor história (e outras histórias), Editora Nova crítica
Mariana Chiesa Mateos, Migrando, Orfeu Mini
Sandol Stoddard, Estava a pensar..., bruaá editora


Sessão anterior, AQUI. 

Ler a meias...: "Receita para avós felizes..."

Ingredientes:
Histórias,
poesias,
canções,
conversas sérias e vadias...

Preparação:
Pensar no público-alvo,
selecionar livros,
ler, ler e reler, dias e dias...

Confeção:
Cria-se um ambiente familiar,
convertem-se os livros em palavras
que se elevam pelo ar,
seja informação, ficção ou poesia,
talvez também uma pitada de filosofia...
Entremeiam-se emoções como cores do arco-íris.
Entrelaça-se realidade e fantasia:
notícia, poema, narração, canção, biografia...
A palavra tem magia.
Faz nascer sorrisos ou uma lágrima atrevida...
E a despedida rejubila de alegria!

Foi assim tal e qual, hoje, num certo centro de convívio de Serviços Sociais  da Administração Pública, em que estive pela segunda vez, com "gente grande"...
Voltei. 
À despedida, surpreenderam-me com uma velha canção de Maria de Lurdes Resende: 
Avozinha. 
«Avózinha, vá lá só mais uma
Conta que eu não faço oó
Conta aquela da Fada de Espuma
Conta alguma, querida avó (...)»
Cativámo-nos mutuamente.
Foi um prazer! 
Obrigada! E até mais ver...



Bibliografia:
Livrinhos da coleção Formiguinha, da Editorial Infantil Majora
Antoine Saint-Exupéry, O principezinho, Editorial Aster
Benjamin Lacombe, Cuentos silenciosos, Edelvives
Poemas para um dia feliz, org. José Fanha, Gailivro
Ilse Losa, A minha melhor história (e outras histórias), Editora Nova crítica
Mariana Chiesa Mateos, Migrando, Orfeu Mini
Sandol Stoddard, Estava a pensar..., bruaá editora


Sessão anterior, AQUI. 

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

No Pragal, Paz rimou com Liberdade...

Foi dia de conhecer duas turmas de 3º ano.
Tempo de pensar como pode ser importante um livro! Tão importante que há livros proíbidos, livros que são queimados, livros que levam à prisão!... E há também livros que consolam, em tempos difíceis; e bibliotecas que nascem em tempo de guerra...
(Ouvimos isso nas notícias.)

E então lemos a meias histórias de guerra e paz.
O soldado João divertiu as duas turmas. O João era mesmo um pacifista, quer fosse enfermeiro, cozinheiro, corneteiro ou atirador... Mereceu as duas belas medalhas que os generais lhe puseram ao peito!
3º A, ao ritmo do fandango


Bem a propósito, a professora Inês Marcelino deu a ouvir um fandango ao 3º A. E a sua turma dançou, tal como os dois exércitos "inimigos"...
Antes, já a turma tinha escutado um conto popular português: Dom Caio. Depois, ouviram Rimas. (Umas eram verdadeiras rimas; outras, inesperadas associações de ideias.)
- Paz rima com...? - perguntei.
- Com brincadeira no parque, com escola, amizade, pássaros a voar nos céus, não ter medo, estar em sossego... Paz rima com Liberdade!... - concluiram os meninos.

3º B, trabalhando a meias...
O 3º B, após a conversa inicial, escutou Rimas.
Em seguida, a história O soldado João e depois, poesia.
Ao poema Não quero, não seguiu-se um trabalho de pares (oral): Não quero, não quero, não.../ Quero...
A turma disse, por exemplo:

Não quero, não quero, não…:
Ir parar a uma enfermaria
Que alguém morra
Fazer a guerra
Matar...

Quero…:
Ser bom aluno
Que os maus sejam castigados
Sermos amigos para sempre
Viver em PAZ!
Que todos os desejos se realizem...

Um dos desejos é que eu volte.
Foram apresentações e despedidas alegres, as nossas.


Bibliografia:
Contos populares portugueses, Europa-América
António Torrado, À esquina da rima buzina, Caminho
Eugénio de Andrade, Aquela nuvem e outras, ASA
Luísa Ducla Soares, O soldado João, Civilização




Recomeçando a Ler a meias...

Novo ano, nova viagem...
Outubro, mês das bibliotecas escolares, tempo de feição!
Dia de festa no Agrupamento da Anselmo: boa razão para aí recomeçar...
No Pragal, que tal?...
- Partimos. Vamos. Somos.



sábado, 10 de outubro de 2015

Reflexões de uma voluntária...

Novo ano escolar se avizinha. (Só agora: verdadeiro privilégio de aposentada!)
Mais uma vez me preparo para pegar no saco do Ler a meias a abarrotar de livros, e calcorrear ruas e algumas estradas, em demanda de bibliotecas escolares (e não só), para dar a conhecer obras, autores e ilustradores, espicaçar a imaginação de miúdos e graúdos e (...espero...) espalhar pela assistência o desejo e o prazer de ler...
Uma tarefa que levo a cabo com seriedade e gosto, mas me obriga, ano a ano, a equacionar uma questão relevante: se eu, voluntária, não colaborar com estes "meus" Agrupamentos de escolas (dois deles ininterruptamente, desde o 1º momento), contratarão alguém?...
Tenho conhecido "gente" talentosa e competente que ganha a vida como contador de histórias e mediador de leitura, por vezes também como formador: é esse o seu modo de vida, o seu meio de subsistência.
Desde o princípio que me recuso a aceitar que eu possa, de algum modo, contribuir para que sejam retiradas quaisquer oportunidades de trabalho a estes profissionais.
Garantem-me que nada tenho a recear. Há espaço para todos; verba, não.
Verba, palavras (em latim), isso sim! Posso oferecê-las..., à vontade!
Convidam-me gentilmente. Aceito alegremente. Permaneço.
Entretanto, tento manter-me informada, atualizada...
Não prescindo de fazer formação, (sobretudo) na área da Literatura para a infância e juventude...
Estou atualmente a frequentar os Encontros no Território das Histórias, na livraria GATAfunho, com Rodolfo Castro.
(Umas sessões cheias de dicas e boas ideias... e muita risota e diversão!)
Investir para evoluir...
Fazer mais e melhor!?... Talvez!
(Assim espero!)



...












sábado, 12 de setembro de 2015

Caminhos do conto...



Rodolfo Castro, argentino-mexicano, foi professor do Ensino Básico. Certo dia, decidiu mudar de vida. Hoje é escritor, contador de histórias e dá formação nesta área, quer na narração oral quer na leitura de contos e poesias.
Vive em Lisboa, alcança o mundo. Encontram-no na GATAfunho, no Largo da República, em Oeiras: uma belíssima livraria à nossa espera.
Conheci-o recentemente nos Caminhos de Leitura (em Pombal) onde, consigo, muito aprendi.
Agora que um novo ano se aproxima, vim recordar a "matéria dada", rebuscando vídeos no YouTube. Querem ouvi-lo e vê-lo?
Fica este convite para momentos de deleite.

Alguns links:
O pior contador de histórias do mundo
O último conto de Rodolfo Castro
Próxima formação (em Oeiras) - a partir de 22 de setembro.


sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Férias são férias!


Dias sem relógio, fuga às rotinas, umas voltas por perto ou talvez longe, atividades variadas... e tanto basta para que os dias ganhem prazeres e sentido.
Entre 15 e 21 de setembro, início do novo ano escolar.
Aproveitemos a liberdade que as férias proporcionam.
Vivamos, entretanto, o fim do verão.




domingo, 2 de agosto de 2015

Trava-línguas e lengalengas dos avós...

Muitos (des)trava-línguas encontram-se em livros, menos ou mais recentes: são recolhas de Luísa Ducla Soares, Dulce de Souza Gonçalves e outros autores... Muitos outros continuam por aí de boca em boca, à procura de uma página que os acolha...
Merecem-na! São muito úteis: ajudam-nos a articular bem as palavras e a melhorar a nossa dicção. E fazem-nos rir muito porque nos entaramelam a língua!... :D

               
- Atrás de uma podre parra
está uma parra podre.
                  ...

A parra papa a poldra
A poldra papa a parra.
                 ...

- É o continho da calça preta.
Se queres que te conte, contarei.
Se não queres que te conte, não te contarei.
Queres que te conte?
(Recomeça-se indefinidamente, em caso de resposta afirmativa.)
                       ...

- Percebeu? Se não percebeu, percebesse, porque eu, quando não percebo, faço por perceber, para quem perceber, perceber que eu percebi. Percebeu?
(Recomeça-se indefinidamente, em caso de resposta negativa.)
                   ...

E tu?
Se sabes trava-línguas, acrescenta-os num comentário.
Estarás a colaborar na divulgação do nosso património oral!
Obrigada!

Ilustração de Manuela Bacelar (in Histórias de longe e de perto)

sábado, 1 de agosto de 2015

«Contos dos avós»...

«Contos dos avós» - eis o convite  dirigido ao Ler a meias... por um Centro de Convívio de Lisboa.
- Contos que falassem de avós e netos? Que lembrassem a infância dos avós?... Para gente graúda? Contos para os avós contarem ou lerem aos netos? 
- O que eu quisesse. Para um público sénior, no dia 31 de julho.
E assim foi.
Histórias "de família", leram-se muitas: narrativas curtas, álbuns ilustrados, livros pop-up... agradaram e surpreenderam. Mereceram palmas!
Livros com imagens não são necessariamente para os mais pequenos: os avós presentes confirmaram-no.
Não basta a ficção; há todo um vasto mundo de livros informativos, em torno de diversas Ciências (Lá fora, por exemplo).
Lengalengas e trava-línguas serviram para rebuscar memórias... e muito divertiram a assistência!
Quase no final, João de Deus chegou com uma fábula em verso. Para se resumir a moralidade, arriscaram-se vários provérbios.
Um conselho: a Net pode ser uma boa aliada na audição de histórias e poesias, na leitura de ebooks (gratuitos)... Sabiam que podem ouvir, no YouTube, Catarina Sobral a ler o seu livro O meu avô?...
(UmLivroDebaixoDeOlho tem divulgado sítios.)
A talho de foice, falámos de muita coisa relacionada com contadores de histórias, importância dos contos tradicionais (não adocicados), as suas diversas versões...
Os avós falaram dos seus netos e das histórias que lhes contam, e como lhas contam...

Uma hora e meia passou a correr.
De que gostaram mais?
- Da literatura oral.
- Do livro Eu espero. Comovente.
As manifestações de prazer foram muitas; as despedidas foram calorosas.
- Voltarei. - Pediram-me e... prometi!


(Por agora, cumpriu-se a anunciada 32ª sessão do 3º Período... FÉRIAS!!!)


Bibliografia:
Alice Vieira (recolha), Eu bem vi nascer o Sol, Círculo de Leitores
Catarina Sobral, O meu avô, Orfeu Mini
Davide Cali/Serge Bloch, Eu espero, bruaá editora
Gianni Rodari, Histórias ao telefone, Teorema
João de Deus, Versos de João de Deus, Portugalmundo
José Fanha, A namorada japonesa do meu avô, Gailivro
José fanha, Era uma vez eu, Booksmile
Luísa Ducla Soares (recolha) Destrava-línguas, Livros Horizonte
Maria Ana Peixe Dias e Inês Teixeira do Rosário/Bernardo Carvalho, Lá fora, Planeta Tangerina
Philippe Ug, Drôle d’oiseau, Les grandes personnes
Shaun Tan, A árvore vermelha, Kalandraka


sexta-feira, 3 de julho de 2015

Meia dúzia de anos a Ler a meias…


Findo mais um ano letivo, é chegado o tempo do balanço. Um balanço que quero que seja diferente. Como se contasse uma história: “Era uma vez…”
Entrei em 2014-2015, cheia de bons propósitos: abrandar o ritmo; não aceitar demasiadas turmas para trabalho regular; não acorrer pontualmente a Semanas de Leitura… 
Sem vacilar, recusei algumas propostas. Apenas aceitei três turmas de 3º ano e duas de 4º ano, mensalmente, em Almada (Pragal e Caranguejais). Bastava! Voltaria, uma vez por outra, a escolas em que trabalham boas amigas e meninos queridos... Estava já previsto ir a escolas de 1º ciclo de Sesimbra: cerca de duas turmas, pensava eu. Acabaram por ser seis. (Alterou-se a frequência, de mensal para trimestral… e pronto!)
A meio do 1º período, veio um apelo de longe…, tão surpreendente quanto irrecusável… (Três turminhas de um Jardim de Infância de Coimbra, vejam só!...) Lá fui, em maio. À única escola "nova" a que me desloquei, e à única a que fui uma só vez, durante este ano. De resto, realizei, no mínimo, duas sessões por turma. Creio poder, assim, contribuir melhor para a promoção do livro e da leitura dos meninos. Afinal, o sonho de qualquer mediador de leitura é ajudar a compreender as obras que dá a ler, transmitir o gosto pela leitura e, em última análise, ajudar a formar leitores autónomos. Não disponho de dados para medir objetivamente esse meu contributo. Mas uma coisa é certa: são já seis anos a perseguir estes objetivos, como voluntária. E seguindo, paralelamente, um percurso pessoal de formação. A aprender e a tentar progredir. Persistentemente.
Aqui para nós, este ano ainda me falta uma estreia: dia 31 de julho, “Contos dos avós”, dirigido a um público sénior.
Era uma vez uma voluntária que em 2014-2015 fez 55 sessões (e serão 56…).
Muito menos do que as 86 sessões de 2012-2013, bastante mais do que as 33, de 2013-2014…
Atividades em vertiginoso crescendo… (até parece a tabuada do 2):
 - 8 sessões, no 1º Período;
- 16, no 2º;
- 31, no 3º. (A 32ª é a tal que irá ainda acontecer!)
Digamos que o 3º período (de 7 de abril a 9 de junho) foi “de arrasar”… E daí?!...

Era uma vez eu, recém-chegada de mais uma formação que me abriu, literalmente, novos Caminhos de Leitura… e me insuflou o desejo de partir para o 7º ano do Ler a meias…, com novos livros e ensaiando novas práticas…
Obrigada às amigas e amigos que me têm acompanhado nesta viagem. (E são muitos!!!)
Uma viagem que vai longa: seis anos, 362 sessões, centenas de encontros, histórias e poesias, coisas sérias e fantasias...

Já agora, o balanço do ano anterior fica MESMO AQUI.



terça-feira, 16 de junho de 2015

Novas histórias da "Avó Manuela"...

Mais um encontro para Ler a meias..., na APISAL, escola de amigos de palmo e meio, curiosos, afetuosos e muito queridos.
Espreita aqui, espreita acolá... Quanta curiosidade para descobrirem as surpresas do dia!

  1. Um livro pop-up, com ninhos e pássaros...
  2. Destrava-línguas: «Num ninho de nafagafos/ Há sete nafagafinhos/ Quando a nafagafa sai/ Ficam os nafagaf(inh)os sozinhos.» (E mais...)
  3. A Educadora Sara Calisto não fez por menos: pegou numa antologia poética e, bem a propósito, leu-lhes Segredo, de Miguel Torga!
  4. Será... um rato? Parecia, sim, mas foi-se desdobrando o livro, de cada vez era um animal diferente e, afinal, era um... elefante!
  5. Para terminar, Os animais estavam zangados
Houve pano para mangas! Observar a capa, ler a história, representá-la (com ilustrações manipuláveis, como fantoches); cantigas de roda...
Muita animação!
Tudo fácil quando se tem ao lado alguém como a amiga Sara.
















Estou convidada para bater à porta sempre que passar pela Almirante Reis... e, pelo menos, para voltar no próximo ano!
Com todo o gosto!...
Por agora, boas FÉRIAS!!!...


Bibliografia:
Guido Van Genechten, Será... um rato? , GATAfunho
Luísa Ducla Soares/Maria João Salema, Destrava-línguas, Livros Horizonte
Philippe Ug, Drôle d' oiseau, Les Grandes Personnes
William Wondriska, Os animais estavam zangados, Orfeu Negro



terça-feira, 9 de junho de 2015

Adeus..., Casal de Bolinhos!...

Na escola de Casal de Bolinhos, todos se conhecem pelo nome; as turmas são apenas duas; os mais velhos são padrinhos dos pequenitos; o ambiente é bem familiar, como se pode imaginar, e não podíamos deixar de lá voltar...


A turma do 1º ano foi a primeira.
Lemos Orelhas de borboleta; a seguir, Dia feriado (poesia); recontámos coletivamente o álbum Um dia na praia.... e ainda nos divertimos com Acho que posso ajudar...
Os meninos, mesmo cheios de calor, estiveram atentos, participaram e sairam felizes... (Cada qual gostando mais de um ou outro livro...)
À despedida, trouxe uma prenda: lindos desenhos de todos, com muitas tulipas.
- Muito obrigada!...
- Até para o ano!

Chegaram então à biblioteca os finalistas do 4º ano.
Desde o seu 1º ano, estes meninos habituaram-se a Ler a meias...
Neste momento em que o calor aperta..., concluídos os exames, findos os ensaios para o teatro da festa do Agrupamento (apresentado na semana passada)..., é tempo de contar os dias para as férias com os dedos de uma mão... e só apetece diversão.
Rimos muito com a leitura de Burros...
A seguir, duas poesias divertidas: Dia feriado e No comboio descendente.
Seguiu-se uma pergunta séria: O que é mais importante: a ciência ou as histórias? O conto de José Fanha, Máquinas de passar por dentro, respondeu à questão...
Prosseguimos com a biografia ficcionada de um grande cientista: Albert Einstein.
A 2ª parte da sessão foi passada em frente a um ecrã gigante, vendo fotografias tiradas ao longo dos 4 anos a Ler a meias...
Quantos comentários e gargalhadas!
Como eram pequenitos! E desdentados!... Como fui mudando enquanto eles foram crescendo! Quantas histórias, poesias..., afetos e risos partilhados!...
Trouxe mais uma recordação. E somei mais um adeus...
- Sejam felizes, no 5º ano! (E pela vida fora...)


Bibliografia:
Brincar também é poesia, Plátano Editora
Adelheid Dahimène & Heide StöllingerBurros, Orfeu Mini
Bernardo Carvalho, Um dia na praia, Planeta Tangerina
David Machado/Mafalda Milhões, Acho que posso ajudar, Alfaguara Infantil
Don Brown, Um rapaz invulgar, O pequeno Albert Einstein, GATAfunho
José Fanha/Rui Ricardo, Era uma vez eu, booksmile, 20|20 editora
Luisa Aguilar/André Neves, Orelhas de borboleta, Kalandraka



sexta-feira, 5 de junho de 2015

Livros e risos, em Casal do Sapo...

O prometido é devido: voltei a Casal do Sapo, uma escola no meio do campo, com uma área enorme, pinheiros, galinhas... onde nos sentimos bem e, para mais, cheia de gente simpática!
No 4º ano da professora Carla, na sessão anterior, faltara o tempo para ler certo livro..., o qual, por sinal, lhes foi lido, entretanto, na Biblioteca de Sesimbra.
Lemos outro, apesar de alguns protestos, pois havia quem quisesse o mesmo... Mas não houve ninguém que, no fim, não aprovasse a troca: Burros. Gargalhadas!...
A seguir, duas divertidas histórias de ir à bola... e, por fim, o reconto a meias de um álbum (sem palavras): Um dia na praia.
Para terminar, poesia: A menina que falava com o vento e... No comboio descendente.
Palavras e prazer! Não se dava pelo tempo a correr...
(Queriam mais..., mas o 3º ano estava à espera!)
- Adeus! 
Ala... que se faz tarde!


Na sala ao lado, o 3º ano da professora Leonor já tinha tudo a postos. Faltava eu.
Do saco do Ler a meias, saltou Era uma vez eu. (Ele, o José Fanha!)
Lemos dois contos, bem divertidos, que deram para muita conversa acerca dos vários nomes por que somos tratados e sobre os nossos porquês...
Em seguida, acompanhámos o desastrado Francisco nas suas Trapalhadas azaradas com bolo de chantilly... e até batemos palmas pela sua persistência e vitória (apesar da balbúrdia em que deixou a sala)...
Alguns poemas completaram a sessão: Era uma vez um menino... e No comboio descendente...
Imaginámos que, na sua viagem para Sul, a caminho de Palmela e Portimão, o comboio descendente passou por... Casal do Sapo!
Primeiro, as rimas: sapo, papo, trapo...
Depois, versejámos.:

No comboio descendente
A fome já era muita.
Levavam um lanche quente
Com ele encheram o papo,
Limparam a boca a um trapo.
No comboio descendente
De Lisboa a Casal do Sapo.

Trrrrrriiiimmmm....
Horas de sair: pais à espera!
Adeus!.......
Então partiram, com muitas manifestações de carinho.
- Boas férias, amigos!


Bibliografia:
Brincar também é poesia, Plátano Editora
Adelheid Dahimène & Heide StöllingerBurros, Orfeu Mini
Bernardo Carvalho, Um dia na praia, Planeta Tangerina
José Fanha/Rui Ricardo, Era uma vez eu, booksmile, 20|20 editora
José Jorge Letria/Joana Quental, Histórias de ir à bola, Âmbar
Rita Taborda Duarte, Trapalhadas azaradas com bolo de chantilly, apcc


terça-feira, 2 de junho de 2015

Ler a meias... e adeus, Pragal!

Os alunos do 3º A e 3º B queriam já hoje sair com a garantia de que voltarei, para o ano!
A minha vontade é afirmativa; o futuro, sempre imprevisível; a resposta foi a possível:
- Sim!, SE... (Se tudo correr bem, se os professores continuarem a contar comigo, se, se...)
Eles não poderiam ter sido mais simpáticos e ternos, na sua avaliação do Ler a meias...: elogios aos livros, às leituras, ao tom alegre das conversas, aos momentos felizes que partilhámos à volta dos livros...
Isto tudo foi dito mesmo, mesmo à despedida.
Antes disso, muito nos divertimos com um casal de Burros...;
E surpreendemo-nos com o espírito ecológico, criativo e aventureiro da personagem de Um dia na praia.
O 3º B, que votou livremente nos livros preferidos, riu a bom rir com Não fiz os trabalhos de casa porque..., lido a meias com um menino que fez o papel de professor.
Mais uma sessão cheia de livros e leituras, para dizermos adeus, mais uma vez...
Não sem antes recordarmos que está a decorrer o Festival Sementes (e eles já lá foram!)... e a Feira do Livro... além de que as Bibliotecas Municipais são várias.
Toca a aproveitar!
-Boas férias!

Bibliografia:
Adelheid Dahimène & Heide Stöllinger, Burros, Orfeu Mini
Bernardo Carvalho, Um dia na praia, Planeta Tangerina
Davide Cali/Benjamin Chaud, Não fiz os trabalhos de casa porque..., Orfeu Mini



segunda-feira, 1 de junho de 2015

No Dia da Criança, leituras nos Caranguejais...

Foi assim, nos Caranguejais: uma turma de 3º ano de manhã e outra à tarde.
Umas leituras iguais; outras diferentes.
No 3º A, observámos as coisas fantásticas que se aprendem no dia-a-dia, lendo Quando eu nasci;
seguiu-se o livro pop-up Drôle d'oiseau;
depois a poesia: Era uma vez um menino;
por fim, o álbum O meu avô.
Com a ajuda da professora bibliotecária Margarida Pinho, ainda nos deliciámos com o book trailer do livro, no qual as ilustrações ganharam vida!
Recebi uma linda flor que os meninos me ofereceram.
E chegou a hora do adeus!...


No 3º B, começámos pelas novidades: estão a decorrer o Festival Sementes e a 85ª Feira do Livro de Lisboa.
Saltámos para as leituras:
Era uma vez um menino... que vai crescendo e se parece com eles...;
Estava a pensar... (e muitas parecenças encontraram também!);
dois contos do livro Era uma vez eu (e, uma vez mais, descobriram semelhanças!): O meu nome é muitos nomes  Ponto de interrogação.
Nos últimos minutos, ainda lemos O meu avô.
O conto Ponto de interrogação semeou ideias para a turma fazer, para o ano, um livro pop-upporquêsar...
- Porque é que envelhecemos em vez de rejuvenescermos? - sugeriu um menino.
(Bom começo, não acham?... Obrigada pela ideia, José Fanha!)
Por fim, beijinhos... sorrisos... agradecimentos... corridas para o recreio.
-Boas férias!
(Já cheira a verão! Está quase!)


Bibliografia:
Brincar também é poesia, Plátano Editora;
Catarina Sobral, O meu avô, Orfeu Mini
Isabel Minhós Martins/Madalena Matoso, Quando eu nasci, Planeta Tangerina;
José Fanha/Rui Ricardo, Era uma vez eu, booksmile, 20|20 editora
Philippe Ug, Drôle d' oiseau, Les Grandes Personnes;
Sandol Stoddard/Ivan Chermayeff, Estava a pensar..., bruaá editora



domingo, 31 de maio de 2015

O Principezinho, brevemente...

Ler o livro ou ver o filme?...
Ambos! Não raras vezes, preferimos o livro. Vale a pena ler, ver... e comparar.
Em França, o filme esteve agora no Festival de Cannes e chega ao cinema no dia 29 de julho. Entre nós, nada posso adiantar. Mas já podes ver excertos vários!...
Se existe, está no YouTube!... ;-)




sábado, 30 de maio de 2015

No Meco, a Ler a meias...

A 2ª ronda às escolas de Sesimbra foi concluída na Aldeia do Meco (onde, da 1ª vez, tinha sido iniciada).
Levava duas surpresas:
1) Desta vez, não leria só uma história;
2) Teriam direito ao Top + : os livros preferidos pelos seus colegas, nas sessões anteriores.
Eles, os alunos do 3º e 4º E, pediram fantasia, ação e aventura...

  •  Foi assim que resolvi começar por Acho que posso ajudar..., um conto que contém todos esses ingredientes. (Nem faltam monstros, bruxas e vampiros!)
  • Seguiu-se o álbum Com o tempo.
  • O livro pop-up Drôle d'oiseau.
  • Poesia.
  • Folhetos informativos: a 85ª Feira do Livro de Lisboa e algumas das suas atividades para os mais novos.
  • Por fim, mais poesia - de Matilde. Os meninos também quiseram ler. E assim foi.

As despedidas foram simpáticas. A professora Isabel Mestre quis saber se continuaríamos a Ler a meias, no próximo ano... Os meninos do 3º ano gostaram da resposta afirmativa...
- Felicidades para os que vão para o 2º Ciclo!
- Boas férias para todos!


Bibliografia:
Brincar também é poesia, Plátano Editora
David Machado/Mafalda Milhões, Acho que posso ajudar, Alfaguara Infantil
Isabel Minhós Martins/Madalena Matoso, Com o tempo, Planeta Tangerina
Matilde Rosa Araújo, Mistérios, Livros Horizonte
Philippe Ug, Drôle d’oiseau, Les Grandes Personnes




sexta-feira, 29 de maio de 2015

Na Azoia, a Ler a meias...

Abrimos a sessão com uma homenagem aos meninos das Caxinas que dediquei aos alunos do 3º e 4º D dos Casais da Azoia, uma aldeia a dois passos do farol do Cabo Espichel.
(É a história de uma filha de pescador, cheia de preocupação, saudade e imaginação...)
Os meninos queriam mais e a mediadora também... Por isso, foram muitas as leituras que se seguiram:

  • um poema de Patrícia Joyce: Era uma vez um menino (O tempo passa, o bebé cresce... e faz-se homem...);
  • um livro pop-up, sobre aves (outro tanto se passa com os passarinhos);
  • um conto divertido: De quem é a bola?
  • um álbum: Com o tempo (que revela bem como notamos o tempo a passar); 
  • um álbum ilustrado que lemos a meias: Um dia na praia;
  • e mais um conto, para finalizar: Meia bola e força.

Eu sei, foi muito..., mas não foi demais! (Ninguém dava mostras de cansaço! Queriam mais!)
Ultrapassámos o tempo previsto, com a autorização e o ar feliz da professora Elsa Balão...
- Fiquem bem!
- Boas férias!

Bibliografia:
Bernardo Carvalho, Um dia na praia, Planeta Tangerina
Brincar também é poesia, Plátano Editora
Chico (Francisco Cunha), Um farol só meu, Âmbar
Isabel Minhós Martins/Madalena Matoso, Com o tempo, Planeta Tangerina
José Jorge Letria/Joana Quental, Histórias de ir à bola, Âmbar
Philippe Ug, Drôle d' oiseau, Les Grandes Personnes

quinta-feira, 28 de maio de 2015

Ler a meias... em Alfarim...

Em Alfarim, sim!
Desta vez com o 4º F, da professora Anabela Horta.
Começámos pela biografia de um cientista famoso: Albert Einstein. Uma história que deu que pensar! (Há meninos diferentes que, sem o parecer, podem ser, afinal, grandes génios!)
- Conte mais uma história - pediram, uma e outra vez.
E assim se sucederam:

  • um livro pop-up, Drôle d' oiseau;
  • um poema, Era uma vez um menino (e muitos meninos da turma se identificaram com ele...);
  • um conto divertido sobre um certo campo de futebol, pequeno: Meia bola e força;


  • e um álbum ilustrado, Um dia na praia, silencioso, mas que lemos a meias... Um apelo à reutilização de materiais e à criatividade.

Uma hora em cheio!
As preferências variaram, mas todos ficaram satisfeitos.
- Boas férias! (Está quase!)


Bibliografia:
Bernardo Carvalho, Um dia na praia, Planeta Tangerina
Brincar também é poesia, Plátano Editora
Don Brown, Um rapaz invulgar, O pequeno Albert Einstein, GATAfunho
José Jorge Letria/Joana Quental, Histórias de ir à bola, Âmbar
Philippe Ug, Drôle d' oiseau, Les Grandes Personnes