quinta-feira, 22 de maio de 2014

Ler a meias... e reencontros!

Este ano, eu ainda não tinha ido a Casal de Bolinhos!
Chegou finalmente o dia!
Na escola andam a trabalhar sobre ofícios tradicionais e sua evolução: o sapateiro, o oleiro...
Pela biblioteca, espalham-se sandálias, botas e sapatos artesanais feitos pelos meninos: coisas lindas!
As nossas leituras respeitaram esse tema (claro!)... e foram entremeadas de muita conversa...

2º/3º anos (1h)
Fotografia: fabricação de loiça utilitária em barro, algures em Angola.
Mapa Mundi: viagens dos portugueses, no tempo dos Descobrimentos.
Histórias: Yara e Iara, de Margarida Botelho;
O sapateiro e os duendezinhos, de Andersen.

4º ano (1h 45m)
Informação sobre calçado, recolhida numa Enciclopédia.
Conto: O sapateiro e os duendezinhos, de Andersen.
Poesia de Luísa Ducla Soares.
Fotografia: fabricação de loiça utilitária em barro, algures em Angola.
Conto: RM-EC-39, de António Mota.
Um poema de António Torrado: O ovo da galinha
Tradição oral/reconto: A galinha dos ovos de ouro. 
...
Uma vez aqui chegados, a Mediadora já tinha acabado...; os meninos queriam mais...; havia tempo... Solução de recurso? Saltaram do saco (que anda sempre muito cheio) poemas vários, os alunos escolheram-nos, leram-nos em grupo e, por fim, à turma.
Foi uma festa!
À despedida, recebi uma linda prenda feita (e assinada) pelos meninos todos: um livro-coração.
Não menos valiosa, foi a sua despedida espontânea... Acorreram à vedação, para me fazer adeus, dizendo alegremente:
- Volte sempre!

Bibliografia:
Lexicoteca, Moderna Enciclopédia Universal, Círculo de Leitores
Alice Vieira (sel.), O meu primeiro álbum de poesia, Dom Quixote
António Mota, Abada de histórias, Desabrochar
Esteve Pujol i Pons, Histórias para crescer, Didáctica
Inácio Rebelo de Andrade, De uma Angola de antigamente (Fotos recolhidas e legendadas), Edições Colibri
Luísa Ducla Soares, A cavalo no tempo, Civilização
Margarida Botelho, Yara e Iara, OPOKA OPOKAMI


terça-feira, 20 de maio de 2014

Ler a meias... e novas despedidas ...

Os alunos do 3º A da EB1/JI do Pragal chegaram à biblioteca, muito entusiasmados...
A 1ª coisa que fizeram foi oferecer-me um trabalho feito carinhosamente:  "Ler a meias é..." 
E sabem o que é? 
É... "...brincar a ler...", "...refrescante...", "...relaxante...", "...divertido...", "...fantástico...", "...misterioso...", "...especial...", "...uma grande alegria...", etc... Gostei tanto!... Ora vejam!

Acedemos ao Quarto Crescente e aprenderam a fazer um comentário.

Contei-lhes, seguidamente, a história As três peneiras, de António Botto.
Explodiram de curiosidade!
- Ah!...
- Mas o que é que ele ia dizer?... 
- Agora ficamos sem saber?... 
Aquela mãe não deixou o seu filho contar o que ele queria dizer sobre o Raúl, por causa das tais peneiras? 1) Seria verdade?; 2) Era benevolente?; 3) Era necessário? 
Ufa! Que difícil fazê-los entender esta lição tão importante para miúdos e graúdos! 

Lemos finalmente O livro da avó.
- Mas o que sucedeu à avó?... 
- Por que é que ela, daquela vez, não estava lá?
A razão lógica surgiu: 
- Ela já era muito velha e já se tinham passado muitos anos...
A fuga à lógica disparou em todas as direções:
- Podia ter ido às compras.
- Talvez tenha ido a uma festa...
- Tinha ido visitar os outros netos.
- Podia ter sido raptada...
...
E até houve quem levantasse a dúvida: "De que serve morrer e ficar séculos sem fazer nada?"...
E imediatamente surgiu quem levantasse a hipótese de se renascer!...
Felizmente eram horas de almoço, senão ainda lá estaríamos... talvez sem concordar no que teria acontecido à avó...
As despedidas foram breves, muito afetuosas e... 
Ala, que se faz tarde!


Bibliografia:
António Botto, O livro das crianças, Editorial Presença
Luís Silva, O livro da avó, Edições Afrontamento


Ler a meias... em tempo de despedidas...

Com o ano quase a acabar, começam as despedidas... o que aconteceu já hoje, no Pragal.
Os meninos do 2º B foram distribuindo abraços e meiguices, à medida que passavam por mim no pátio e ao entrarem na biblioteca... 
Tão afetuosos!
(Traziam um segredo bem guardado!... Chiu!)

Comecei por lhes contar a história As três peneiras, de António Botto.
Li-lhes, em seguida, O livro da avó...
Entretanto a professora Mafalda Rodrigues foi-nos dando apoio informático..., preparando o PC e o data show.
O 2º B revelou então o seu segredo... Ora vejam!
Traziam para me oferecer um livro lindo, lindo... com ilustrações das obras que lemos ao longo das nossas sessões! Cada um criou uma página, fez o desenho do livro ou do poema de que mais gostou e escreveu uma mensagem, todas muito meigas...
A professora Maria Cortes também fez um livrinho com poemas de Joaquim Vermelho, um poeta estremocense (seu conterrâneo).
A "menina-escritora" da turma, leu-nos uma história sua. Merece palmas!
Imaginam como me senti comovida e mimada? Pois...

Para acabarmos em festa, acedemos finalmente ao YouTube.
Com José Afonso, cantámos No comboio descendente - versos de Fernando Pessoa. 

«No comboio descendente
Vinha tudo à gargalhada.
Uns por verem rir os outros
E outros sem ser por nada
No comboio descendente
De Queluz à Cruz Quebrada...
(...)»

Criámos rimas para prolongarmos o poema! Cantem connosco:

No comboio descendente
Foram todos a Lisboa
Comer uma sardinhada
E no fim uma meloa.
No comboio descendente
Foram todos a Lisboa.

No comboio descendente 
veio gente até Almada
Vinha tudo muito alegre
Visitar um camarada.
No comboio descendente 
veio gente até Almada!

No comboio descendente
Foram todos até Coimbra
No caminho de regresso, 
deram um saltinho a Sesimbra.
No comboio descendente
Foram todos a Sesimbra.
Ainda tirámos uma foto de família!
Alguém nos reconhece?

E, cantarolando, os meninos foram saindo da biblioteca, dizendo:
-Até já!...

Bibliografia:
António Botto, O livro das crianças, Editorial Presença
Luís Silva, O livro da avó, Edições Afrontamento


segunda-feira, 19 de maio de 2014

Ler e ilustrar poemas, a meias...

Já se meteram férias pelo meio e passaram-se umas semanas a mais que a conta..., mas os meninos do 2º A da EB1 dos Caranguejais sabiam o que fizéramos na sessão anterior. Ainda se acedeu ao Quarto Crescente, viram as fotos e leu-se, mas lembravam-se.
Então foi só desvendar o segredo: "Como vamos continuar"?
Cada par recebeu o seu poema impresso; canetas, lápis de cor e de cera...
Voltaram a espalhar-se pela biblioteca.
Desenharam e pintaram, a gosto... e com prazo marcado...
A seguir foram para o pátio exterior, contíguo à biblioteca, treinar a leitura a meias...
E por fim vieram ler o seu poema à turma, à vez.
Tudo resultou num trabalho muito útil e bonito... (que não acabou...)
Não acreditam?
O que acham destes poemas ilustrados?






 A sessão anterior pode ver-se aqui.


quarta-feira, 14 de maio de 2014

Ler a meias... na Cidade...

A Semana da Leitura da EB1 nº3 de Almada já lá vai..., só que a data para lermos a meias teve de ser adiada...; foi hoje!
Seriam duas sessões, mas entretanto havia outras atividades a decorrer, portanto foi uma, com o simpático 3º ano da professora Isabel Figueiredo.
"Nós e a Cidade" - eis o tema sugerido.
O cartaz de uma cidade constituiu um belo ponto de partida. Comparar com Almada foi fácil: eram muitas as semelhanças.
Falámos também de como foram evoluindo as povoações, desde que o Homem primitivo aprendeu a cultivar e a domesticar animais e deixou de andar de terra em terra, atrás da caça...
O dia em que o meu bairro ficou de pantanas foi a "história do dia", da qual os meninos gostaram muito. (Por sinal, conheciam um excerto; agora sabem-na toda!)
E a poesia veio A cavalo no tempo. Andámos pelo Hipermercado à procura de amigos...; escolhemos destinos para ir viajar com um bom amigo Na máquina do tempo; acabámos na capital: L de Lisboa.
Bateram-se palmas para Rosário Alçada Araújo, Afonso Cruz e Luísa Ducla Soares...
As nossas despedidas foram muito simpáticas e calorosas!...
Os meninos vão agora escrever o A de Almada e vão-me mandar por e-mail!
(Eu fico à espera!...)

Bibliografia:
Cartaz: CONHECER a cidade, Programa educativo da Ordem dos Arquitetos/Technal
A salvaguarda das cidades, Biblioteca Juvenil de Ecologia, Porto Editora
Luísa Ducla Soares, A cavalo no tempo, Civilização
Rosário Alçada Araújo/Afonso Cruz, O dia em que o meu bairro ficou de pantanas, Texto


"Histórias da minha rua"...

Histórias da minha rua
(dedicadas ao 3º A da EB1 do Pragal)

Moro no alto de um prédio de vários andares, numa rua de Almada. É um espaço amplo, sem grandes casas a tapar-me a vista... De um lado, avisto o Cristo-Rei e o Almada Fórum e, mesmo em frente, tenho um jardim cheio de árvores que me revelam nitidamente as quatro estações do ano; do outro lado, corre mansamente o rio Tejo e sigo com o olhar os barcos do Barreiro e do Seixal no seu permanente vaivém e, com frequência também, os navios da Marinha, a chegar ao cais do Alfeite.
É um prazer pôr-me à janela, de qualquer dos lados, desde que aprecio o Sol a nascer e a pintar o dia de cor-de-laranja até ser noite cerrada, quando a Lua brilha no céu como um farol…
Pela minha rua anda muita gente de variadas partes do mundo e etnias, uns que aqui moram e convivem em paz; outros de passagem... Alguns circulam de carro e muitos outros a pé, ora apressados ora nas calmas, sobretudo quando vão a subir, para mais se carregam pesados sacos ou mochilas... Cá de cima, oiço vozes, pedaços de conversas… É um bairro sossegado.
Esvoaçam pombos e gaivotas que repousam e grasnam nos telhados; na Primavera voam velozmente muitas andorinhas à caça de insetos, para alimentar as suas pequenas crias que as esperam nos ninhos. E depois, no Outono, lá vão elas todas, a fugir do Inverno...
No tal jardim, sentam-se idosos, enquanto vigiam os netos que brincam livremente; os mais crescidos formam improvisadas equipas de futebol e soltam gritos de alegria, sempre que marcam um golo.
Dantes, ouviam-se sirenes de uma padaria e de fábricas (que laboravam aqui perto), para chamar o pessoal. Hoje só se forem as de uma ambulância, de um carro dos bombeiros ou da polícia, sempre muito apressados... 
Em 41 anos que aqui vivi, vi nascer bebés que hoje já são pais, conheci famílias que para cá vieram morar e certo dia partiram para diferentes destinos… Assisti a alegrias e tristezas.
Queriam uma história da minha rua? Ora deixem cá ver...
Era uma vez… 
Não..., enfim, fica para outra vez!


terça-feira, 13 de maio de 2014

Já era tempo de voltar!...

As sessões do Ler a meias esperavam vez, enquanto a voz da Mediadora ia andando sumida...
Hoje foi dia..., não se podia continuar à espera: o 3º Período voa!
Entre três livros à escolha, o 2º B optou por O rapaz que gostava de aves (e de muitas outras coisas). Em seguida, passámos em revista o que cada um de nós pode fazer pelo Ambiente. Ideias não faltam!
Quase todos os meninos sabem bem responder à pergunta "O que queres ser quando fores grande?" Logo ali se formou  uma equipa de futebol, uma outra equipa médica, arquitetos, atores, cantores, bombeiros, polícias, uma escritora... De José Jorge Letria lemos então o poema O indeciso.
E, para encerrar, novamente o Ambiente; um poema de Maria Alberta Menéres: Que lugar senão este?... 
- Adeus!, adeus!... (Eram horas!)
Logo a seguir, veio ter à biblioteca o 3º A.
A escolha de um livro não foi fácil, mas a Democracia funcionou! A maioria votou também em O rapaz que gostava de aves (e de muitas outras coisas). 
Ainda se leu o conto Trocas de António Mota. E poemas de José Fanha.
Faltava mais uma coisa: as "Histórias da minha rua". Só havia a minha! Escutaram- na... e queriam mais...
Hora de almoço:
-  Adeus!, adeus!...

(Meninos, o meu texto está mesmo aqui.)

Bibliografia:
António Mota, O lobisomem (contos), Caminho
Isabel Minhós Martins/Bernardo Carvalho, O rapaz que gostava de aves (e de muitas outras coisas), Planeta Tangerina
José Fanha, Cantigas e cantigos para formigas e formigos, Terramar
José Jorge Letria, O que eu quero ser..., Âmbar
Maria Alberta Menéres, No coração do trevo, Verbo



domingo, 11 de maio de 2014

Liberdade?...

Liberdade... com limites!...