segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Do Mundo Rural para os Atos Urbanos...

A minha 1ª experiência de Expressão Dramática foi feita em Mundo Rural.
Penosa peregrinação, em longas tardes de sábado, semana após semana, mês após mês...
Penosa? Sim! E não apenas pela lonjura medida em litros de combustível. Dura, sobretudo, a peregrinação interior. 
Incompreensíveis receios e inibições, inesperados bloqueios... Sucessivos progressos e retrocessos... 
Persistência, enfim, muita teimosia, para chegar ao fim!
Alguns adjuvantes: afetos tecidos com O Bando e com o grupo. Espaço apetecido em plena serra... Desejo de aprender técnicas para usar em sessões de promoção da leitura (o grande objetivo de toda esta aventura).
O culminar do nosso trabalho, a nossa peça, intitulou-se Raça de ferro.
Perfeita metáfora, fazendo jus à tenacidade e resistência investidas.
Um produto final que suavizou a dolorosa dureza do percurso. 
- Terminou, pronto. E ponto - foi a decisão tomada e assumida.


Eis que surgem os Atos Urbanos.
No Ponto de Encontro de Cacilhas... A dois passos. Num espaço amplo, grandioso ponto de observação de Lisboa vendo-se ao espelho no Tejo, em cúmplice diálogo com esta margem... 
Num confortável horário pós-laboral, a meio da semana. 
Mais económico. 
A requerer uma apetecida caminhada... 
Para mais, com uma formadora que muito estimo (e que foi minha aluna): a Joana Sabala.
Dúvidas, desejos... Reflexão, resistências... Sim, por isto; Não, por aquilo... Vou?, Não vou?...
E exatamente assim mergulhei em Mundo Urbano.
Com outros receios e bloqueios.
A mesma recorrente e dura dúvida: desistir ou resistir? Para quê insistir?
Idêntico objetivo.
Progressos e retrocessos, de novo...
Acabo de chegar a uma conclusão: a Expressão Dramática é exercício de que a mente precisa… tal como o corpo o não dispensa.
Há que prosseguir. 
Ouvindo Ricardo Reis / Fernando Pessoa:
...nada/Teu exagera ou exclui. (...) Põe quanto és/No mínimo que fazes...
Aqui ao leme sou mais do que eu (...)


2 comentários:

Anónimo disse...

Gostei de ler e saber desta tua experiência. Parabéns


Josefina

Manuela Caeiro disse...

Tia, isto transforma-se num grito de coragem. Afirmei publicamente a intenção de "ginasticar a mente"... Agora, "estou feita": só me resta resistir!... :-)