quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Fim do 1º período...

Acabou mais um período escolar.
Por esta altura, em anos anteriores, eu teria já realizado mais de uma dezena de sessões de leitura em bibliotecas escolares, em regime de voluntariado. Por enquanto não, neste ano letivo.

Não quero? Não me convidaram? Nada disso!
Tanto assim é que o novo ano trará novidades...
Calmamente.
Tudo isto por nenhum motivo particular, exceto querer.

O outono foi belo, ameno e convidativo...
Não faltaram bons programas compatíveis com a condição de reformada.
Não faltou sol, para passeios junto ao mar... nem pôr-do-sol que não cedesse vez a um luar, sempre belo, fosse ele de lua nova ou quarto crescente...
Sucederam-se ciclos de cinema, teatros, exposições...
Tempo de lazer.
Convívios com familiares e amigos.
Despedidas (algumas tristes).
Apontamentos para escrever (que não passaram de rascunhos dispersos)...
Tudo a desencorajar-me de acorrer ao toque de campainhas. A libertar-me do espartilho da agenda de compromissos entre Ceca e Meca... A convidar-me a adiar o recomeço.

Não pago eu uma taxa de solidariedade? (Se é isso que me exigem, é porque certamente basta!)
Desanima ver muita gente cheia de valor e energia, inexplicavelmente no desemprego...
Porquê trabalhar eu, então?...

Se o tenho feito é porque não usufruo de nenhum salário nem ocupo um posto de trabalho de um qualquer trabalhador. 1ª condição, sine qua non.
Há mais: a partilha de leituras distende a mente, provoca emoções, cria afetos... Faz falta.
Logo, a missão não acabou.
Uma vez que desejam a minha presença, voltarei.
(Calmamente, avisei!)

Biblioteca Escolar de Alcobaça

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Observar e ser observado...

Eu observava à minha volta, à medida que o metro avançava. (Há sempre uma crónica debaixo de olho, quando a buscamos...)
Precisamente à minha frente, sentou-se uma jovem, ágil como é habitual na sua idade; surpreendentemente discreta, no vestuário e na apresentação. 
Embora sendo loira e bela, facilmente passaria despercebida, não fosse aquele seu impulso de imediatamente abrir a mochila, pegar num caderno e numa lapiseira (em vez de um qualquer tablet), olhar serenamente para a esquerda e para a direita e, sem tempo a perder, começar a escrever, desenhando cada letra devagar... Compassadamente, a um olhar seguia-se uma frase breve...; a novo olhar, umas tantas palavras mais...
Eu olhava-a, curiosa...
Poesia? Prosa?, registo de impressões de viagem...? 
Impossível confirmar!
Fitou-me. Desviei o olhar, por instantes. Voltei a espreitar; continuava a olhar na minha direção, lapiseira suspensa sobre o caderno aberto...
Observar e ser observada... 
Interesse e inquietude...
Terei entrado na sua história
Como gostaria de ler o seu texto!...
O trajeto era curto. Dúvida e desejo ficaram por satisfazer.
Por mim, fica assim descrita a bela jovem amante da escrita.
Imagem retirada de um jornal digital.

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Amor à música...

Associo o Bolero (de Ravel) a um filme francês que vi há vários anos e de que gostei muito: Les uns et les autres...
Faz-me recordar a dança extraordinária de um bailarino argentino, Jorge Donn, nas cenas finais do filme...
Revivo momentos de prazer durante a sua escuta.
E hoje surpreendi-me com este excelente trabalho universitário de alunos da Faculdade de Belas-Artes de Minas Gerais. Filme animado bem concebido, interessante e didático, ligando cada som ao respetivo instrumento musical.
Aqui presto a minha homenagem aos autores deste projeto, divulgando o seu trabalho. 
Agradeço... e dou os meus parabéns.





quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Penso em vós...


Estou de passagem por uma daquelas terras onde não vemos vizinhos nem amigos, apenas cercados por vozes e vultos desconhecidos e onde cada viajante solitário, companheiro de si próprio, coabita consigo mesmo... sem fuga possível.
Trata-se de um lugar onde depressa se descobrem os caminhos que vão dar à praia, ao supermercado, ao café, à caixa multibanco...; pouco mais há e tanto basta. 
Um sítio já familiar onde, à chegada, me sinto em casa, mas estranhamente estrangeira. 
Integro-me progressivamente e com deleite no espaço sazonal, no tempo livre e longo... 
Reaprendo a prescindir de diárias rotinas do ano inteiro, reajustando horários, abrigando-me em renovados prazeres. 
Tanto para fazer, tanto para fruir!... Ou não fossem férias. Escolhidas voluntariamente, planeadas, finalmente concretizadas. Surpreendente é exigirem de mim adaptação!!!...
Neste momento, quantos não se encontram numa mobilidade forçada pela subsistência da família saudosa que deixaram longe?...
Penso em vós, professores.
Penso em vós, homens e mulheres livres que, sem desejo, migraram, imigraram, emigraram, deitando contas à vida...
Penso em vós, prisioneiros...
Calculo o peso do tempo aparentemente infinito, medido por relógio indiferente e sem compaixão...
E tento avaliar, perceber, sentir...

  

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Eis setembro...

É cedo. A manhã promete verão.
O sol reverdece a relva e cada gota da rega matinal banha-a com a luminosidade do arco-íris. 
Esvoaçam bandos de pombos.
A Alameda move-se.
Atravessam-na uns calções e um top bem recortados, um sari, uma túnica, umas calças generosas presas junto aos calcanhares, saia e blusa discretas sobre sandálias de saltos confortáveis, chinelos rasos ou havaianas...
De telemóvel na mão, há quem aproveite para fazer recomendações, avisos, desabafos, imprecações... Percebe-se pelo tom. As línguas são diversas, algumas delas irreconhecíveis, talvez árabe, línguas eslavas, sei lá!
Cruzamo-nos ali com o mundo.
Passam trabalhadores diligentes, sem tempo a perder; uma mãe apressada empurra um carrinho de bebé; o mais velhinho segue-a, a pé. 
Pequenos comerciantes dispõem à porta caixotes de fruta; lá dentro atendem clientes. 
Um centro de tempos livres reabriu portas. Outras portas à volta mantêm-se cerradas, ostentando ar de falência e abandono... 
Entrevemos de relance, no centro de trabalho temporário, alguém sentado lendo, quem sabe?, talvez uma página de anúncios de emprego... 
Vende-se, aluga-se, arrenda-se, em grandes parangonas expostas em janelas fechadas, comprovam a recuperação económica adiada... 
De um daqueles prédios, irrompe uma jovem mulher, no seu vestido ondulante, descendo escadas em perfeito equilíbrio sobre saltos pontiagudos. Alguém a espera em carro vistoso e mal estacionado, com cortesia de amante. 
Chora convulsivamente um bebé, no Jardim Infantil do lado de lá da rua, certamente num espaço por enquanto desconhecido, onde se sente desprotegido. A mãe inquieta, em segredo, sofre também... Tempo de adaptação, seguramente breve.
É setembro. 
Retoma-se, aos poucos, um novo ciclo de vida.
Convoca-se a tenacidade e a coragem bem como o prazer de fruir do dia-a-dia. 
O futuro exige garantias.


sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Será lixo? Será gente?!...

Chego a Lisboa. Desço na última paragem da Av. de Berna e atravesso a pé a Av. da República.
Bem no centro daquele imenso largo inóspito e ruidoso, ladeado pelo intenso tráfego de ambos os sentidos da dita avenida, estende-se por terra uma mancha negra.
Cativa o olhar, aquele monte de trapos lançado sobre paralelipípedos de pedra esbranquiçada.
O que será?... Lixo?... 
Gente!... Homem ou Mulher?, não se distingue. 
Volume sujo e andrajoso; inodoro no espaço aberto; exposto e discretamente encoberto, no meio da praça deserta.
Um sem-abrigo não surpreende. (Mau sinal!) Mas ali? Não optar por um local recôndito, um vão de escada, o recanto de uma sacada?... Ali mesmo?!
Estendo o olhar, alargando o plano. 
Por cima dele, um outdoor enorme que me não prendera a distraída atenção...
Um cartaz de sorrisos prometedores e afetuosos...
Uma mensagem breve.
Um sem-abrigo abrigado na esperança...
"Queremos Lisboa! +Habitada +Viva +Solidária"
Esta não é uma ação de campanha. (Poderia ser, admito.)
Apenas vi. Li.
Sem indiferença.


quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Coincidências...

O caderninho vermelho foi sorteado. Calhou-me a mim.
Eram três iguais, apenas com cores diferentes; pude escolher um deles e não me decidia, por isso propus o sorteio.
- Esquerda ou direita
Sucessivamente, elimina este, elimina aquele... 
- O Vermelho!
O sorteio regozijou quem o deu. Era mesmo aquele que secretamente me destinara! (Mas como havia ainda escolha...)
Coincidências!


Lembrei-me, a propósito, daquele meu aluno que passou todo o 1º Período com falta de material escolar.
Entre as minhas prendas de Natal, uma continha algo que lhe faltava.
Com toda a habilidade de que fui então capaz, no regresso às aulas, pelos Reis, contei o que levava... e contei com a solidariedade generosa e espontânea da gente nova...
Ninguém nomeou alguém a quem dar aquele presente... nem Ninguém afirmou precisar... (Para quê? Todos sabiam!)
Afinal, concordaram em o sortear, cada qual na esperança de que a sorte lhe sorrisse.

Foi tudo feito à vista de todos, um concurso honesto e justo... 
Todos com a emoção costumeira nestas ocasiões ditadas pela sorte.
Eu também, por motivos diferentes...
A sorte foi justa dessa vezpor sorte! 
Nesse dia, foi assim que o acaso, num simples sorteio, ensinou àqueles meninos, melhor do que eu, o valor da solidariedade.
Coincidências!...


sexta-feira, 26 de julho de 2013

Os avós foram meninos...

Deve ser difícil para um netito imaginar que o avô, provavelmente de cabelos grisalhos, foi um dia um bebé que depois cresceu... e, num ror de anos (para si incalculáveis), de aventura em aventura, de canseira em canseira, um dia foi pai... e um outro dia mais tarde, tornou-se o seu avô...
Tudo tão mágico, tão inesperado... e tão previsível!...
Este avô revive então o amor que experimentou com a paternidade, já sem a responsabilidade de cumprir esse dever... Orgulha-se dos progressos do petiz, encanta-se com os sorrisos... Se conserva em si uma alma de menino, agora dá-lhe asas, livremente... Irá contar-lhe histórias e transmitir memórias... 
Tem tanto para ensinar! E tanto para aprender!
Quer afinal ser o seu porto seguro e o seu companheiro cúmplice...
Juntos podem reviver um passado em que não existia TV nem computadores pessoais nem jogos eletrónicos... e lembrar que o nosso país era assim... e as pessoas viviam daquela maneira assim-assim... Depois, um dia, já ausente, o avô irá, através deste seu neto, projetar-se no futuro...

Evoco Sebastião da Gama: 

Também eu, também eu,
joguei às escondidas, fiz baloiços,
tive bolas, berlindes, papagaios,
automóveis de corda, cavalinhos...

Depois cresci,
tornei-me do tamanho que hoje tenho;
os brinquedos perdi-os, os meus bibes
deixaram de servir-me.
Mas nem tudo se foi:
ficou-me,
dos tempos de menino
esta alegria ingénua
perante as coisas novas
e esta vontade de brincar.
(...)

Também eu, também eu fui menina, tive um boneco chamado Manuel, saltei à corda, joguei à cabra-cega e à macaca, às 5 pedrinhas, andei de triciclo... e muito mais!
Ainda conservo em mim uma menina traquina...
Também eu tenho a felicidade de ter netos de que muito me orgulho... e de cuja vida faço parte...


terça-feira, 23 de julho de 2013

Cultura em Almada...

O Teatro Extremo convocou para 2ª feira, 22 de julho, um encontro com os candidatos à Presidência da Câmara Municipal de Almada, com o fim de se debaterem as políticas culturais para a nossa cidade.
Assim sendo, interessou-me.
Primeira surpresa: estavam todos os candidatos. Curiosamente, encontravam-se reunidos pela 1ª vez. 
Sala apinhada.
Segunda surpresa: confirmar Almada como cidade de cultura, prosseguir, apoiar... é bandeira de todos. 
Quanto à metalinguagem, a concordância não será assim tão lata: "cultura" não significa exatamente o mesmo para todos... Mas há consenso relativamente à importância do Festival Internacional de Almada, fundado por Joaquim Benite; do Festival Sementes, da iniciativa do Teatro Extremo; também quanto à relevância das orquestras filarmónicas, das escolas de dança, de música e de teatro do Concelho; da necessidade de se preservar o seu património material e imaterial; a consciência do muito que Almada tem, de facto, para oferecer aos seus munícipes. 
Há que pensar na cultura como um fator de desenvolvimento económico? Como um motor de desenvolvimento pessoal?; como um serviço público, logo, um direito? Aqui a divergência foi maior...
Muito mais se poderá fazer, evidentemente... A prova é o que tem sido feito, gerindo recursos cada vez mais parcos.
Houve sugestões a ponderar...
Ficámos informados. Mais conscientes.
Bem-haja o Teatro Extremo.
Caber-nos-á agora decidir democraticamente quem merece a nossa confiança.

Foto (da esquerda para a direita): Fernando Sousa Pena (CDS); António Neves (PSD); Sofia Oliveira (Moderadora - Teatro Extremo); Joaquim Judas (CDU); Joaquim Barbosa (PS); Joana Mortágua (BE).


segunda-feira, 15 de julho de 2013

Uma espreitadela ao Festival...

Um vídeo; meia hora de teatro.
Encontro com encenadores, atores..., com a sonoridade das suas línguas e outras melodias... Uma viagem pelas tramas e histórias à margem...
Uma partilha do que, dia a dia, temos o privilégio de poder ver, em vários palcos... quer nos encante quer nem por isso...




sábado, 13 de julho de 2013

Muito grata, Joaquim Benite!

Joaquim Benite (1943-2012) veio de Campolide e trouxe para Almada o seu teatro, apostando na dinamização cultural da nossa cidade e transformando-a, com arte. 
Anualmente, o Festival homenageia alguém ligado às artes de palco. Chegou agora a sua vez, na 30ª edição do evento, em cuja organização já não participou. Homenagem póstuma; justa homenagem.
Felicito Catarina Neves pelo seu documentário, hoje apresentado, sobre o processo de criação daquele que acabou por ser o último trabalho de Benite: Timão de Atenas, de Shakespeare. 
Este documentário demonstra bem a sua forma rigorosa de dirigir atores e revela as ideias do encenador sobre a peça e a vida...; revela igualmente a forma como experientes atores profissionais, com quem longamente trabalhou, aceitavam as suas indicações...; permite-nos penetrar na sala de ensaios e informa-nos sobre as variadas fases do trabalho "de bastidores"... Dá a palavra aos netos que falam de afetos e de memórias que o avô lhes legou: um toque de ternura de salientar, no trabalho de Catarina Neves...
Comovidos e gratos.
"Vamos continuar com teatro!"

segunda-feira, 8 de julho de 2013

"Gulosa da vida!..."

A correria do ano letivo chegou ao fim.
Às despedidas do Ler a meias sucederam-se diversos ensaios da Oficina de Expressão Dramática dos Actos Urbanos cuja apresentação final ocorreu, repetidamente, neste último fim de semana. 
(Seguir-se-á a reunião de balanço. Despedidas...)
Vai chegando ao fim, sim, a correria...
E contudo não é tempo de parar!
Dias longos. Noites quentes e livres. 
Tanta coisa a acontecer... tanta coisa por fazer...
Tantos desafios à liberdade de escolher... e sacudir a preguiça!
Férias assim, sim, por fim!...

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Muito, muito teatro em Almada...

O Festival Internacional de Almada agita a minha cidade: tem hoje início!
Por casualidade, há atividades paralelas...
Eu participo numa delas, após ter frequentado uma Oficina de Expressão Dramática que apresenta agora ao público o respetivo espetáculo final.
São os Actos Urbanos - 3ª edição.
"Sangue, suor e lágrimas..." - exigiu a formadora/encenadora, Drª Joana Sabala.
Venham ver!
Sete pecados mortais e logo a vida ganha outra emoção...
1h de diversão gratuita.
Sexta feira ou sábado, às 21h30m. Sem mais!...
Fica feito o convite!



segunda-feira, 1 de julho de 2013

Na frieza dos números, o calor das recordações...

O ano 2012/2013 findou. O meu trabalho voluntário, em bibliotecas escolares do ensino público, acompanha este ciclo anual. É chegado o momento de fazer balanços...

Entre outubro/2012 e junho/2013, realizei 85 sessões de promoção da leitura, em 13 estabelecimentos de ensino de Agrupamentos de Escolas da margem sul do Tejo, tendo sido abrangidas 43 turmas.

Como é hábito, desenvolvo projetos regulares a Ler a meias... (em escolas onde sou já considerada "da casa"...) e realizo igualmente sessões pontuais, mediante convites que vão surgindo. 

A minha colaboração é solicitada sobretudo para turmas de 1º ciclo, anos em que as crianças mais adquirem competências, hábitos e gosto pela leitura, num ciclo escolar onde se torna menos difícil a gestão de aulas de Língua Portuguesa para atividades periódicas de mediação de leitura, na sua biblioteca escolar. 
A minha maior disponibilidade para trabalhar com os meninos "mais crescidos" do 1º ciclo deve-se ao facto de a minha experiência profissional ter sido toda ela acumulada no 2º e 3º ciclos (do 5º ao 9º ano de escolaridade). 

Os números deste ano não surpreendem:

1º ciclo - 58 sessões:
1º ano -   2 sessões (envolvendo 3 turmas);
2º ano -   5 sessões (envolvendo 5 turmas);
3º ano -   9 sessões (envolvendo 9 turmas) ;
4º ano - 42 sessões (envolvendo 11 turmas) ;

2º ciclo - 27 sessões:
5º ano - 20 sessões (envolvendo 10 turmas);
6º ano -   7 sessões (envolvendo 5 turmas).

Foi a seguinte a distribuição destas sessões por Escolas/AVE:


AVE Anselmo de Andrade, Almada

1º Ciclo -               35

2º Ciclo -               15
                                                                       __________
                                                                                   50
  
AVE D. António da Costa, Almada

1º Ciclo -                13              

2º Ciclo -                 4
                                                                       __________
                                                                                   17

Escola Básica de Casal Bolinhos, Brejos de Azeitão, AVE de Azeitão

1º Ciclo -                    6

EB 2.3 Comandante Conceição e Silva, AVE Comandante Conceição e Silva, Cova da Piedade, Almada
  
2º Ciclo -                   4

Escola Básica 2.3 Navegador Rodrigues Soromenho, AVE de Sesimbra- Castelo Poente, Sesimbra

                                                    2º Ciclo -                    4   


Escola Básica do Casal do Sapo (Fontaínhas), AVE da Quinta do Conde, Sesimbra

1º Ciclo -                    4
  
O projeto Ler a meias teve início em 2009: fez já 4 anosSoma 272 sessões. (2009/2010 - 59; 2010/2011 - 62; 2011/2012 - 66; 2012/2013 - 85)

O trabalho que desenvolvo, o carinho que me é dedicado, as recordações que guardo... a avaliação que faço e que me é feita... e que tanto me sensibiliza... tudo isto me faz cada vez mais acreditar que valeu a pena dedicar-me a esta área de voluntariado que pretendo continuar a abraçar (enquanto puder)...
A mais-valia e o prazer são mútuos!
Obrigada a todos!


quinta-feira, 6 de junho de 2013

Ler a meias... e despedidas ( II )

Há despedidas e despedidas... As de ontem e as de hoje são especiais. 
Foi o final de um projeto regular. Todos os meses nos encontrámos, de cada vez com novos poemas, histórias e textos informativos sobre uma temática diferente: o livro; a paz, a liberdade, a segurança de peões, o natal, o mar, a poesia, o teatro...
A amizade cresceu enquanto partilhávamos leituras, trocávamos ideias e íamos soltando a imaginação...
Para o ano, não sabemos se nos reencontraremos nas escolas para onde os meninos irão. Talvez! Havemos de nos cruzar por aí... "pelo menos no blogue!", como afirmou alguém. É verdade!
Espreitámos o Quarto Crescente, aprendemos a reconhecer o valor das "etiquetas" e a fazer comentários...
Vimos depois as nossas fotografias das sessões anteriores, sempre na biblioteca escolar. (Hoje juntámo-nos todos noutra sala onde se encontra o quadro interativo.)
A avaliação deste nosso projeto já tinha sido feita previamente pelos alunos e professoras. (Vou ler isso tudo a seguir!...)
Trabalho adiantado! Só faltava mesmo despedirmo-nos do Ler a meias... com livros!...
O conto A herança deu muito que pensar! Concordaram: nem sempre o ouro é o melhor tesouro. Há heranças mais importantes do que bens materiais.
(Também eu, com o Ler a meias..., pretendi deixar uma herança assim, imaterial: o gosto pela leitura.)
Terminámos com poesia de Maria Rosa Colaço.
"Mais uma!", "mais uma!", "mais uma!"... - pediam os meninos, atrasando o momento de dizer adeus. 
Apanhei o comboio...
Um comboio para longe
«Pouca terra
pouca terra
(...)
uuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu
(...)
DES - CAN - SAR!»

Felicidades, Amigos!
Boas férias!

Bibliografia:
Maria Rosa Colaço, Versos diversos para meninos travessos, Europress
Tim Bowley, Não há como escapar e outros contos maravilhosos, Kalandraka


quarta-feira, 5 de junho de 2013

Ler a meias... em tempo de despedidas ( I )

Fim do ano letivo à vista: tempo de dizer adeus...
O Ler a meias... despediu-se hoje dos alunos do 4º ano da Escola Conde de Ferreira.
Vimos fotografias das sessões realizadas, espreitámos o Quarto Crescente, aprendemos a servirmo-nos das etiquetas do blogue para vermos rapidamente o que nos interessa, fizemos um comentário coletivamente...
A herança - foi o conto com que encerrámos as sessões. Uma história que nos ensina que nem sempre o ouro é o melhor tesouro. 
Também o Ler a meias pretendeu deixar uma herança assim: o prazer de ler.
E os meninos despediram-se simpaticamente:
- Que gostaram muito do Ler a meias...
- Que aprenderam muito.
- Que desejam um reencontro, no 5º ano.
- Que será bom que outros meninos possam conhecer-me e ter a mesma oportunidade...
- Agradeceram vivamente!
- E muito mais..., mas já eu não sei mais...
..........................................................Vim comovida!
Obrigada pelo carinho.
Boas férias, Amigos!




Bibliografia:
Tim Bowley, Não há como escapar e outros contos maravilhosos, Kalandraka


sexta-feira, 31 de maio de 2013

Ler a meias... voltou ao mar...















O 4º B da EB1 Conde de Ferreira não assistira à sessão com a temática da Semana da Leitura..., mas tinham esperança de poder ainda mergulhar no Mar dos Livros... 

O pedido surgiu..., a Mediadora de Leitura não resistiu..., combinou-se realizar esta sessão na sua escola... e aconteceu! 
Julgam que foi pior na sala de aula do que na biblioteca escolar? Nem pensar!...
Não faltavam recursos prontinhos a usar: um quadro interativo, acesso à Internet... dicionários à mão de semear... 
A propósito das leituras feitas, pesquisaram-se imagens e informações com enorme rapidez e eficiência. 
A dinâmica das aulas é hoje diferente. Os meninos demonstram competências inimagináveis há uma década atrás!... O Plano Tecnológico da Educação revolucionou, de facto, o ensino!
Parabéns ao 4º B e à professora Inês Marcelino.
Quanto à nossa sessão, aqui ficam algumas memórias...
Os livros, os mesmos de sessões anteriores, podem ser vistos aqui.




terça-feira, 28 de maio de 2013

Hora H...

Dia D Hora H começaram por ser termos militares.
Dia D (senha utilizada pela 1ª vez na I Guerra Mundial) assinalou por diversas vezes a data exata em que um ataque militar ou um combate deveria ser iniciado, enquanto que Hora H apontava o momento preciso para o início de determinada operação militar. 
Poderíamos imaginar que, em tempos de paz, estas palavras cairiam em desuso, mas sabemos bem que os vocábulos são resistentes e adaptam-se a novas realidades. 
Em sentido figurado, hora H passou a designar uma "ocasião favorável". E ei-la, renovada e cheia de vida, a anunciar, hoje em dia, o momento propício para se comer mais barato ou comprar algo mais em conta, em determinado estabelecimento... 



É assim também na Feira do Livro. No Parque Eduardo VII, a hora H é celebrada esta semana, só até à próxima 5ª-feira. Tem precisamente a duração de uma hora: entre as 22h e as 23h. 
Livros mais baratos.
Quatro longas filas em que se encontram dispostos 241 pavilhões e milhares de livros, sobe-que-sobe, desce-que-desce... com possibilidade de fazer paragens para escutar uma conferência, um concerto, animação da leitura, jogar, petiscar... 
Não há tempo a perder!


quarta-feira, 22 de maio de 2013

Ler a meias... e teatro "às três pancadas"...

Voltámos à Escola Navegador Rodrigues Soromenho.
O 6º E leu a peça História de um papagaio, de António Torrado, interpretou-a, reviu conteúdos... 
Em trabalho de grupo, criaram, por fim, pequenas peças das quais ainda se representaram algumas.
Teatro às três pancadas, sim, mas os dramaturgos foram criativos, revelaram que aprenderam conteúdos e, enfim, improvisaram as suas cenas como verdadeiros atores!

O 6º A dispôs de menos tempo. 
Decorreu uma importante cerimónia do Eco-Escolas, a meio da manhã: a propósito da Educação Ambiental, houve espaço para o teatro, a música, a dança, leituras e conversas... e muito mais! 
No pátio, está agora hasteada mais uma bandeira: a do Eco-Escolas, evidentemente!

Nada disso perturbou o 6º A que, mal acabou a festa, se dirigiu para a sala de aula e trabalhou afincadamente na meia hora que restava.
Leram a História de um papagaio, interpretaram-na e representaram-na. Calculam o à-vontade da nossa Emigrante? Etc, etc...
Muitos parabéns a todos! PALMAS!!!

Quanto a nós (professoras que realizaram estas sessões a meias), consideramos que o balanço é positivo - pela forma como nos conseguimos sincronizar, por tudo o que conseguimos fazer, bem como pelos resultados alcançados no escasso tempo disponível!
Valeu a pena! 
Concordam, Jovens?...



Nota: Sessão anterior, aqui.


Bibliografia:
António Torrado, Teatro às três pancadas, Caminho


terça-feira, 21 de maio de 2013

Ler a meias... texto dramático, em contracena...

As sessões do Ler a meias realizadas hoje com as turmas do 6º A e 6º E, além de terem em vista a habitual mediação e promoção da leitura, serviram para abordar o texto dramático e sistematizar conhecimentos. Por isso mesmo, a planificação foi feita em conjunto com a professora de Língua Portuguesa, Felicidade Matias, a quem coube ministrar conteúdos. Ou seja: tratou-se de sessões partilhadas, verdadeiramente a meias 
Começámos com um improviso cénico a partir de Os jogadores de cartas de Cézanne...
Após explicações e registos, demos voz a Manuel António Pina e à sua peça A guerra do tabuleiro de xadrez.
Portanto, falámos primeiro do jogo do xadrez, da movimentação das respetivas peças, do seu simbolismo... E leu-se, por fim, a peça de teatro, leitura esta feita a meias, entre alunos e professora...
Todos nos regozijámos com o trabalho realizado; queremos continuar! A meias!...
Até amanhã!
Nota: Queres saber mais sobre xadrez? Experimenta aqui.

Bibliografia:
Manuel António PinaHistória com Reis, Rainhas, Bobos, Bombeiros e Galinhas e A Guerra do Tabuleiro de XadrezCampo das Letras, 2004


sábado, 18 de maio de 2013

Sempre a aprender: o xadrez...

Imagem da Net
Manuel António Pina, jornalista e escritor galardoado com o prémio Camões, dedicou particular atenção à literatura infanto-juvenil, tanto à poesia e narrativa como a peças de teatro.
Brevemente, irei a turmas de 6º ano ler (entre outras) "A guerra do tabuleiro de xadrez": uma guerra viva e, simultaneamente, um olhar sobre a inutilidade da mesma; um insistente apelo à paz...
Tudo o que fazemos pode tornar-se um extraordinário incentivo para pesquisar, saber mais, aprender e talvez ensinar...
Chegou (por fim!) a minha hora de descobrir os segredos do xadrez, um jogo inventado há milénios, na Índia, para entreter um principezinho...
Um inteligente jogo de estratégia a cujo tabuleiro alguns atribuem o simbolismo de representar o próprio mundo, movido por guerreiros e deuses...

Queres aprender também? Clica aqui.
(A partir da página principal, acedes a todos os links.)

Queres saber como decorreu a sessão de mediação de leitura? 
O trabalho, foi assim...


terça-feira, 14 de maio de 2013

Ler a meias... e robertices...

Os meninos da EB1 de Casal de Bolinhos sabiam que eu voltaria, mas não lhes tinham dito quando... 
Que boa surpresa! Que excitação!
Os primeiros a irem à biblioteca foram os meninos do 2º A.
Ao verem uns fantoches de dedo, reconheceram facilmente a história de 
Capuchinho Vermelho - que recontaram na perfeição!
Escutaram depois O Capuchinho e o Lobo, de António Torrado. Muito diferente! Conseguiram dramatizar essa história, usando os fantoches. Muito bem! Houve até um menino que mereceu "Excelente"!
A sessão acabou com poesia de Matilde Rosa Araújo, com papoilas e folhas verdes...
- Passou num instante, que pena!... Adeus!

Chegou a vez do 3º A.
Começámos com trava-línguas. Por exemplo, papapapígrafo. Experimentem dizer depressa, muitas vezes! Não acham difícil e divertido?!
A seguir, lemos um texto em verso para teatro: O freguês caloteiro, de Luísa Dacosta. E com a ajuda de um fantoche, uns meninos fizeram o reconto desta história. Muito bem!
Acabámos no circo...
Ora digam lá prestidigitador. Outro trava-línguas!
Lemos então uma bonita história de António Torrado: Gutierres, o homem das forças
Um homem que passou a usar as suas forças para ajudar os outros e não para os ameaçar!
- Acabou num instante, que pena!... Adeus!


À despedida, os meninos deram-me prendas feitas por si.
Uma flor, um colar original..., e um lindo leque!
Uns verdadeiros artistas!
Vai dar jeito!... Obrigada!


Bibliografia:
António Torrado, Trinta por uma linha, Civilização
Dulce de Souza Gonçalves e Madalena Matoso, Trava-línguas, Planeta Tangerina
Luísa Dacosta, Robertices, ASA
Matilde Rosa Araújo, As fadas verdes, Civilização



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