quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Dezembro... Natal...


Há doze anos atrás, escrevi uns versos alusivos à quadra que agora revivemos.
Reli-o há dias...



Confesso que, desde então, me rebelei de vez contra a azáfama consumista do Natal e (quase) deixei de me preocupar com prendas...
Passei a vivê-lo mais serenamente, sobretudo atenta ao momento de convívio familiar que estes dias nos proporcionam...
Não resisto a transcrever os meus versos, escritos por altura do 3º Natal da minha neta.


Afinal, eles explicam o meu ponto de viragem...


Para sossegar alguns espíritos, esclareço que estou a passar um Natal africano... E não deixei de trazer uns presentinhos... ou não tivesse eu vindo passar o Natal com o meu neto de 16 meses!...
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Dezembro... Natal...

É Dezembro
de novo.
E o Natal vai chegar!
Onde o vamos passar?


Quisera reviver
meu Natal de memória,
o Natal de outrora...
Onde o vamos passar?


Este Natal
por sua vez será
Natal de memória
um Natal de outrora...


É a nossa vez
agora
de recriá-lo
enfim!...


É Dezembro de novo
o Natal a chegar.
Família dispersa
amigos ausentes
postais por enviar
prendas por comprar
E a este... e àquele... o que vamos dar?


Dezembro de novo
o Natal a chegar.
Tanto por fazer
tempo a escassear.
O Menino a nascer
um milagre por acontecer...


É Dezembro de novo.
Mais um Natal
por fim, aconteceu.
Mais um Dezembro
se reviveu.



21/12/1995

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

2ª Croniqueta...

Na vida, como amadora


Vamos nesta caminhada. Chamada vida.
Crescemos, espontaneamente. Convivemos.
Estudamos. Trabalhamos. Progredimos na carreira.

Criamos laços sociais. Vínculos. Mais ou menos fortes, mais ou menos duradouros.

Afinal, vida é mudança. Permanente.

Pretendemos o oposto!
Teimamos em solidificar, cristalizar… laços e situações…
Às vezes mesmo quando um projecto de vida está à beira de ruir… ou ruiu…
Acomodamo-nos. Buscamos segurança.

E afinal não será mais revigorante a incerteza do desconhecido?
A oportunidade de enfrentar um novo desafio?
O entusiasmo que qualquer aventura transporta?
Descobrir novos caminhos?
Sentir o prazer da descoberta?
Abraçar a aventura?
Aceitar viver numa estável instabilidade…, sem sobressalto?...

Não fomos ensinados a admiti-lo… menos ainda a aceitá-lo…
É tempo de crescer…
De aprender a conviver com esta vulgar realidade.

“Partimos. Vamos. Somos.” – afirmou o poeta.

Vamos, sim!
Aceito viver a vida na qualidade de… amadora!
Crescer, experimentar, descobrir… sem profissionalismo nem certezas…

Amadora na vida…. Amadora da vida…